sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

II- Mais um pouco de água e a retomar...

É complicado não ir a pique quando algo que você achava ser sólido na verdade era abstrato..sentimentos são pura abstração..e na verdade eles também não vão nem à pique, nem decolam, muito menos se pode medir, não é palpável, nem são tão prováveis. Muitas pessoas são artistas mesmo estando distantes de um palco.
Eu nunca fui.
Fingir um não abalo então você pode imaginar não foi nada fácil.
Por dentro havia a ardência sem dor, mas não era de amor, nem rancor, talvez fosse pura aflição.

O fato é que agora quando eu novamente achava que estava naufragando, 3 anos e alguns meses depois, com o abandono emocional de outra pessoa achei mais uma vez que tudo o que acabei de afirmar era mentira. E cheguei à conclusão de que não existem mentiras nem verdades que não sejam criadas e proferidas por nós. Estou falando de todos nós.

Quando um acidente desses ocorre, ele deixa pequenas marcas, com sorte. Tudo parece ser uma questão de inteligência emocional, até então não tenho certeza, mas acho que ainda não existe um guia, ou projetos existentes de um "faça você mesmo" para a educação do coração. Tá ele é um órgão como qualquer outro, mas lembrem-se sempre de que ele é um músculo involuntário, talvez por isso não possamos escolher como e nem à quem fazer para de frente com ele "bater" de um jeito ou de outro.

Aconteceu de novo, eu gostava muito, a pessoa gostava menos...
E acho, também espero. Que os meios para a superação sejam diferentes dos de antes. De preferência com menos sofrimento, para mim e a outra pessoa também (se é que há razões pra ela sofrer.)

Como disse o poeta Cazuza.."o nosso amor a gente inventa pra se distrair, e quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu."

Não fora o que eu fiz, então prefiro acreditar no poder de transformação dos sentimentos, ou mudança deles.
O meu tem que mudar.
Pois navegar é preciso e eu já estou indo...

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